sexta-feira, 12 de junho de 2009

Distribuição de Frequência para Dados Quantitivos

Autores: Fernanda Queiroz, Juliana Montenegro, Poliana Silva, Rafael dos Santos, Simone de Araujo

1. Considerações Iniciais
Segundo Silva et al. (p.18, 2006), um dos objetivos da Distribuição de Frequência é diminuir o número de dados que serão trabalhados de modo direto, “modificando a forma de apresentação desses dados”. Através deste mecanismo da Estatística, pode-se reorganizar os dados e agrupá-los de forma que o observador, seja ele quem for, consiga identificar o que eles (os dados) desejam transmitir, sem maiores dificuldades.
Com o desenvolver deste trabalho serão explicados alguns conceitos fundamentais ao entendimento do assunto, será identificado como é feita a Distribuição de Frequência em dado Quantitativos, e o conhecimento exposto, por fim, será demonstrado através de exemplos práticos.

2. Conceitos Importantes:
Dados - são fatos e/ou números coletados, observados e resumidos para serem mostrados e entendidos.
Dados Quantitativos - os dados coletados são números que representam quantidades.
Tabela Primitiva - de acordo com Crespo (p.54, 2005), é a “tabela cujos elementos não foram numericamente organizados”.
Distribuição de frequência - modo de visualizar os dados de forma agrupada (dividido em grupos), não considerando valores individuais, distribuindo-os em classes e mostrando a quantidade de dados em cada classe.

3. Passo a passo para Distribuir Frequência de dados Quantitativos:
Determina-se o número de classes - classes são intervalos onde serão agrupados os dados. Para determinar o número de classes, basta tirar a raiz quadrada da quantidade de dados em questão. O resultado deve estar entre 5 e 20, e caso sejam encontrados valores decimais, deve-se arredondar para o próximo número inteiro.

Determina-se a largura das classes - largura ou amplitude da classe “é a distância entre os limites inferiores (ou superiores) de classes consecutivas” (LARSON & FARBER, 2006, pag. 26). Largura também representa a quantidade de dados que estarão embutidos em cada classe. Para defini-la, basta subtrair o maior valor pelo menor e dividir o resultado pelo número de classes. Também arredonda-se para o próximo número inteiro, caso o valor encontrado seja fracionário.

Determinam-se os limites das classes - “De acordo com seu tamanho, cada intervalo de classe tem um limite superior e um limite inferior” (LEVIN, 1987, pags. 22 e 23). Limite é o valor a partir do qual uma classe abrangerá e até onde ela o fará. Steverson (pag. 33, 1981) disse que “é importante que não ocorram lacunas na fixação de classes”, ou seja, os limites devem ser definidos de forma que cada valor do conjunto de dados pertença apenas a uma classe.

Definidos o número de classes, a largura e o limite de cada classe, agora é só contar quantos elementos terá em cada classe. Isso é uma Distribuição de Frequência.

4. Aplicando o conhecimento.
Ex 001: Foram coletadas as alturas (em cm) dos estudantes de Ciências Contábeis da Fit's do terceiro Período Noturno.


Determine o número de classes, a largura e o limite de cada classe e depois faça a distribuição de frequência.

Resposta:
Nº de classes: √28 = 5,291502... => 6
Largura: (183 – 149) / 6 = 5,6666... => 6
Limites:
148 ├ 155
155 ├ 162
162 ├ 169
169 ├ 176
176 ├ 183
183 ├ 190



Ex 002:
Foram coletadas as idades dos estudantes de Ciências Contábeis da Fit's do terceiro Período Noturno.


Determine o número de classes, a largura e o limite de cada classe e depois faça a distribuição de frequência.

Resposta:
Nº de classes: √28 = 5,291502... => 6
Largura: (43 – 18) / 6 = 4,1666... => 5
Limites:
13 ├ 19
19 ├ 25
25 ├ 31
31 ├ 37
37 ├ 43
43 ├ 49


5. Considerações Finais
Com esse tipo de organização dos dados ganha-se simplicidade, entretanto perdem-se detalhes, ou pormenores. No caso do último exercício (ex 002), por exemplo, não é possível mais saber quantos alunos possuem exatamente 19 anos, sabe-se apenas quantos possuem entre 19 e 25 anos. O que é justificado por Crespo (p.56, 2005) ao dizer que “a estatística tem por finalidade analisar o conjunto de valores, desinteressando-se por casos isolados”.

6. Referências
Aula01. Disponível em : <http://www.pucrs.br/famat/rossana/psicologia/Aula1_dados_Estatistica.pdf> Acesso em: 05/05/2009.

Distribuição de frequência.Disponível em: <http://www.cis.udel.edu/~portnoi/classroom/prob_estatistica/2007_1/lecture_slides/aula04.pdf > Acesso em: 05/05/2009.

SILVA, Ermes Medeiros da et al. Estatística para os cursos de Econômia, Administração e Ciências Contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

LARSON, Ron & FARBER, Betsy. Estatística aplicada. 2. Edição, São Paulo: Ed. Person Prentice Hall, 2006.

LEVIN, Jack. Estatística aplicada a Ciências humanas. 2. Edição. São Paulo: Editora Harbra, 1987.

STEVENSON, William J. Estatística Aplicada à Administração. São Paulo: ed. Harbra, 1981.

CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. 18. Edição. São Paulo: Ed. Saraiva, 4. Tiragem, 2005.

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